Tomates atacados por insetos usam pulsos elétricos para enviar um 'sinal de alarme' para o resto da planta
Tomates prestes a serem comidos por insetos usam pulsos elétricos para enviar um 'sinal de alarme' para o resto da planta, semelhante à forma como nosso sistema nervoso alerta sobre danos físicos.
O sistema nervoso humano usa células especiais, neurônios, para enviar sinais elétricos para diferentes partes do corpo. As plantas não têm neurônios, mas têm sistemas de tubos longos e finos (xilema e floema) que, como nosso sistema sanguíneo, transportam água e nutrientes para todas as partes da planta - das raízes às folhas e aos frutos. Íons carregados que se movem dentro desses tubos podem propagar sinais elétricos para diferentes partes da planta de maneira semelhante aos neurônios humanos.
Estudos anteriores já mostraram que folhas danificadas de uma planta são capazes de enviar esses sinais para outras folhas. Um estudo realizado recentemente na Universidade Federal de Pelotas (Brasil) investigou se tais ligações também estão presentes entre as folhas e os frutos de uma mesma planta. Para isso, os pesquisadores estudaram plantas de tomate cereja (uma fruta, botanicamente falando) nas quais foram colocados espécimes de Helicoverpa armigera (um parasita comumente conhecido como tomate noturno).
Eletrodos colocados na superfície dos tomates mostraram que os padrões da atividade elétrica dos frutos mudam antes e depois do ataque do parasita, com diferentes mudanças dependendo se os tomates estão mais verdes ou mais maduros. Na prática, a planta 'sente' o ataque de pragas e responde de acordo, aumentando os níveis de peróxido de hidrogênio produzidos por tomates que ainda não foram afetados por animais - provavelmente uma forma de evitar a propagação de patógenos de tomates. .
Créditos: Fronteiras
Fonte: Fronteiras
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