Purificar as águas de Bangladesh do arsênico: este é o objetivo de um novo projeto realizado por alguns estudiosos da Universidade inglesa de Aberdeen em conjunto com a empresa canadense PurifAid e baseado na tecnologia DRAM
Ele está prestes a acabar atropelado, sua mãe o salvaPurificar do arsênico as águas de Bangladesh: é o objetivo de um novo projeto realizado por alguns acadêmicos da Universidade Inglesa de Aberdeen em conjunto com a empresa canadense PurifAid.
A solução baseia-se na ideia dos chamados DRAM, um nome que se refere voluntariamente a processo de produção de whisky (cuja abreviatura indica um composto para a remediação e mitigação de partes poluidoras), e cuja origem se deve a um pesquisador escocês que descobriu como misturando um subproduto do processo de produção do uísque (produtos locais, como cascas de arroz e cascas de coco, por exemplo, são usados como filtros naturais para arsênico), com um ingrediente ainda não divulgado é possível limpar a água de poluentes. A técnica está agora em uso no Reino Unido para limpar a água perto de plantas industriais.
Para bombear a água subterrânea contaminada e enviá-la para a zona de purificação, a equipe liderada pelo Dr. Cassidy projetou um ferramenta de aço inoxidável. Uma vez que passa por este dispositivo, onde é introduzida a DRAM, a água pode ser recolhida e distribuída para consumo seguro e fornecidos a todas as zonas rurais. Uma bela e boa nova tecnologia, que removerá arsênico e outros poluentes exigindo, entre outras coisas, pouca manutenção.
Graças à sua eficiência, baixo custo e sustentabilidade, a tecnologia DRAM é mais barata de fabricar do que as soluções existentes e funciona simplesmente usando a gravidade, sem necessidade de eletricidade ou combustível. Ao contrário de outros métodos de purificação de água, as unidades DRAM também precisam de limpeza simples a cada 4-5 meses.
Em Bangladesh, o arsênico na água potável está presente em concentrações mais altas do que em qualquer outro lugar do mundo. De acordo comOrganização Mundial da Saúde, o envenenamento por arsênico em Bangladesh é o maior envenenamento em massa da história da humanidade. Aproximadamente 77 milhões de pessoas estão em risco de envenenamento por arsênico, apesar das centenas de milhões de dólares gastos no combate ao problema. Uma em cada cinco mortes em Bangladesh é devido ao envenenamento por arsênico.
Em abril, a equipe irá a Bangladesh para testar o sistema. Parte da equipe trabalhará na própria tecnologia, tentando melhorar a taxa 95% de filtragem. Outra parte se concentrará no modelo de negócios e na educação. A PurifAid, fundada por Shahreen Reza, está em parceria com a Brac, uma ONG de Bangladesh, para desenvolver a tecnologia Dram. 100 mil dólares é o investimento inicial do projeto.
E para o futuro, a PurifAid espera expandir essa técnica para a China, Vietnã e áreas da África que também sofrem com a contaminação por arsênico.
Germana Carillo
Foto: http://www.fastcoexist.com
