Em Nápoles, aparece o mural de Jorit para George Floyd, um aviso contra o racismo

    Em Nápoles, aparece o mural de Jorit para George Floyd, um aviso contra o racismo

    Um grafite com 5 rostos: Lenin, Luther King, Malcom X, Angela Davis e Floyd. Joirt pela primeira vez reúne 5 personagens contra o racismo

    Cinco rostos, um após o outro, para nos lembrar que o racismo é a coisa a ser erradicada da cultura de muitas pessoas. Contra a intolerância e para a integração, a arte de rua também já faz algum tempo e hoje o faz através do artista urbano Jorit que, nos telhados da Barra, na periferia leste de sua Nápoles, quis destacar o horror da matança do 'afro-americano George Floyd.





    Um belo grafite com 5 rostos: Lenin, Martin Luther King, Malcom X, Angela Davis e o próprio Floyd. Pela primeira vez, o artista de rua ítalo-holandês reúne 5 personagens em uma única obra, criada em um prédio no bairro de Bisignano.

    De Ponticelli ao filho migrante de Palma Campania, do centro histórico da capital napolitana com San Gennaro ao rosto de Pasolini em Scampia ao lado de quem pintou o rosto de Angela Davis na época, passando por Maradona e Ilaria Cucchi, Jorit com suas obras estimula o debate, a memória, a justiça, a igualdade, e desta vez o faz com seu “Tempo de mudar o mundo”. É hora de mudar este mundo.

    Postado por Jorit em quinta-feira, 4 de junho de 2020

    O novo mural de Jorit traz uma novidade: George Floyd é baleado no centro, frontalmente, com lágrimas vermelhas escorrendo pelas bochechas em vez dos signos tribais que caracterizam todos os grafites do artista, indicando assim o pertencimento à tribo humana. Martin Luther King e Malcolm X são retratados de perfil, Lenin e Davis virados em três quartos.

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    No post nas redes sociais, Jorit usa as palavras de Roberto Vallepiano:

    “Por favor, por favor, não consigo respirar. Por favor amigo, por favor... não consigo respirar. Não consigo respirar... Por favor, não consigo respirar, oficial... não consigo respirar... Não me mate, por favor!
    Estas são as últimas palavras de #GeorgeFloyd, um trabalhador afro-americano de 46 anos que morava em um subúrbio de #Minneapolis e trabalhava em um restaurante fechado em março devido ao bloqueio.
    As suas trágicas palavras à beira da morte: "Não consigo respirar", "Não consigo respirar", tornaram-se o testamento político de dezenas de milhares de pessoas que foram às ruas nos EUA desde ontem contra mais um impune assassinato de um sistema feroz e implacável contra os mais fracos".



    Fonte: Jorit Facebook


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